Criado em 21
de dezembro de 1995 pela Lei Estadual nº 11.265, o
Município de Coronel Domingos Soares está completando seus 22 anos de
emancipação político-administrativa. Apesar da data de criação, tradicionalmente
comemora-se no dia 10 de dezembro, data em que foi realizado o plebiscito para
o desmembramento do então distrito administrativo do município de Palmas. A
data de sua instalação é 1º de janeiro de 1997. Encontra-se há 404,46
quilômetros de Curitiba e há 1.113 metros de altitude. O ponto mais alto está há 1.280 metros (Sul) e o ponto mais
baixo há 600 metros (Rio Iguaçu, ao Norte), mostrando assim a variação de temperaturas
existente. Quem nasce em Coronel Domingos Soares é chamado de domingosoarense.
Em extensão territorial, Coronel Domingos Soares é o 15º
maior município do Paraná e o 2º do Sudoeste, com 1.557.894 km², perdendo somente para
Palmas (1.567.361 km²). Segundo a
estimativa populacional do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento
Econômico e Social) de agosto de 2017, sua população é de 7.547 habitantes;
destes, 5.565 são eleitores. Coronel Domingos Soares faz divisa com 06
municípios, sendo eles: Reserva do Iguaçu, Pinhão, Bituruna, Mangueirinha,
Clevelândia e Palmas. Tem 17 comunidades, 07 assentamentos rurais, 01 vila
rural e 01 distrito (Ubaldino Taques). Conforme a prefeita Maria Antonieta de
Araújo Almeida, o jovem município apresenta um futuro promissor e está a um
passo de se tornar um pólo de investimentos. “Temos muitas dificuldades por
sermos um município pequeno populacionalmente e imenso em extensão, o que faz
com que nossa arrecadação mensal e os repasses do FPM (Fundo de Participação
dos Municípios), por exemplo, sejam baixos. No entanto, inúmeros empresários já
demonstraram interesse em investir aqui e estamos de portas abertas para
acolhê-los. E além disso temos um bom relacionamento com os governos estadual e
federal e muitos projetos já foram aprovados e outros estão em via de
aprovação. Estamos trabalhando para fazer de Coronel Domingos Soares um lugar melhor
para viver”, ressalta a gestora, enfatizando que o povo domingosoarense é
feliz, de bem, trabalhador, acolhedor e amigável.
Comemorações
A
intenção do governo municipal era promover a 3ª edição da Expocel (Exposição-Feira
da Indústria, Comércio e Agropecuária de Coronel Domingos Soares) no fim deste
ano, porém, devido às dificuldades financeiras vivenciadas pela maioria das
prefeituras do país, sua realização ficou impossibilitada. Contudo, neste
domingo, dia 10, está sendo organizada a Festa da Tradição, envolvendo corrida
rústica, missa, recepção dos tropeiros, almoço típico, show de talentos e, à
noite, apresentações natalinas. “Mesmo de forma singela nós vamos comemorar
normalmente o aniversário do nosso município e convidamos toda a população a
participar e prestigiar os eventos ao longo do dia”, convida a prefeita Maria
Antonieta, salientando que a Expocel será realizada em dezembro de 2018.
O patrono
Domingos Soares nasceu em 16 de
abril de 1852, em Guarapuava-Pr. Filho do Coronel Joaquim Mendes de Souza, (um
dos participantes da primeira expedição exploradora dos Campos de Palmas) e de
Dona Cezarina Antonia de Jesus. Domingos Soares passou a maior parte de sua
infância na Fazenda São Joaquim, no Município de Palmas, para onde veio residir
ainda pequeno. Casou-se com Maria Lourenço de Araújo.
Com o irmão, José Maciel de
Souza, que era proprietário de 1.400 alqueires na Fazenda Fortaleza, montou em
sociedade um engenho de cana para a fabricação de açúcar, pinga e álcool. Foi
proprietário de uma área de 750 alqueires na cabeceira do Rio Jangada, na época
Distrito de General Carneiro, uma área de 326,5 alqueires na localidade de
Cacumbangue, hoje Município de Cel Domingos Soares, além de propriedades em
Chapecó e Palmas. Foi um fazendeiro que sempre deu atenção a esta atividade,
buscando, inclusive, na Argentina técnicas de aprimoramento para a criação.
Quando faleceu em 1928 Domingos Soares, segundo consta do processo de
inventário da Comarca de Palmas, possuía mais de 3.400 alqueires de terras,
além de outros bens.
Mostrou-se ávido pelo progresso
de sua região, sendo deputado estadual de 1914 e 1918 e de 1912 a 1916. Em 1925
exerceu o cargo de prefeito do Município de Palmas. Domingos Soares teve
participação de relevância na Revolta do Contestado, guerra da história
brasileira que transcorreu de forma mais acentuada entre os anos de 19 de
dezembro de 1916. Em 10 de dezembro de 1926, juntamente com familiares e amigos,
comemorou Bodas de Ouro ao lado de sua esposa, coroando a passagem de seus 50
anos de enlace matrimonial.
Cel. Domingos Soares faleceu em
13 de março de 1928, com 76 anos de idade, na Fazenda Pitanga, em Palmas, onde
achava-se em tratamento de saúde, no exercício de seu segundo mandato como prefeito
de Palmas. No Museu Público de Palmas, além de outros objetos, está guardado em
redoma de vidro um par de botas pretas que foram de sua propriedade.